Diário de Bordo - Carol

 

25/07/2006 – CENAB – Lagoa do Abaeté - Itapuã

Logo que acordei tomamos café e fomos à lagoa do Abaeté. Ela é muito bonita e é idêntica aos dados descritos em uma das músicas do Dorival Caymmi. Lá joguei um pouco de futebol com o Jonas e fomos à Itapuã onde também jogamos futebol. Itapuã é linda e tem uma água morna. Voltamos ao barco onde tomamos banho, fomos ver a banda Olodum, mas só achamos uma banda horrível e fomos ao barco onde dormi.

 

26/07/2006 – CENAB – Praia do Farol da Barra – Igreja São Francisco

Acordamos com o céu azul e quase sem nuvens, além do dia estar muito quente. O pai fez umas deliciosas tapiocas e fomos à praia do Farol da Barra. A praia é linda e, além de ter uma água limpíssima, tem umas piscinas naturais com uns sargentinhos pequenos. Ficamos até as quatro horas comendo queijo coalho, tomando água de coco, nadando e nos divertindo. Tudo bom! Quando chegaram as quatro horas, fomos mostrar a linda igreja São Francisco à Lu e à Mô. Depois da visita, tomamos banho no CENAB e fomos comer o acarajé da Dinha. Foi o melhor acarajé que já comi. Logo voltamos ao barco onde dormi.

 

27/07/2006 – CENAB – Praia do Forte

Acordei bem cedo e tomei café. Tínhamos de pegar um táxi, para pegar um ônibus para chegar à praia. Demoramos duas horas para chegar e quando chegamos vimos a beleza da praia: ela é lindíssima e, já que estava na maré baixa, estava com várias piscinas naturais entre os recifes. Nas piscinas naturais havia vários peixes e lesmas-do-mar além de serem quentes. Mergulhamos bastante e vimos: lesmas-do-mar, manduréias e lindas algas de vários tipos diferentes. Depois de brincar bastante na praia fomos ao Tamar, que tem arraias, meros, lambarus e outras coisas. O Tamar de lá é dez! Voltamos à cidade onde jantamos. Logo depois voltamos ao barco onde dormi.

 

28/07/2006 – CENAB – Itaparica – Itaparica Marina

Logo que acordei, tomei café e fomos ver como o tempo estava: estava horrível! Decidimos então esperar um pouco desenhando e conversando. Depois de um tempo, o tempo melhorou e fomos à Itaparica. No meio do caminho...”- Golfinho!!!”. Rapidamente coloquei o biquíni e vi os golfinhos surfando nas ondas e pulando fora da água. Tentei mergulhar com eles, mas não consegui. Ao chegar em Itaparica fomos à uma praia onde vimos o pôr-do-sol. Ao anoitecer jantei e caí no sono.

 

29/07/2006 – Marina – Itaparica

Quando acordei tomei café e coloquei o biquíni. Estava um solão e decidimos ir a um banco de areia. Chegando no banco de areia conhecemos uns italianos que têm um barco chamado Nose Blue e que estavam pegando vôngoles. Aproveitei a idéia e fiquei pegando vôngoles. Na hora de voltar para o barco dei os vôngoles para eles e, chegando na marina, fui com a Mô na praia, onde vi o pôr-do-sol ontem, para vê-lo novamente. Anoiteceu e, depois do jantar, dormi.

 

30/07/2006 – Marina – Ponta de Areia - Itaparica

Acordei feliz e tomei café. Hoje o pai fez tapiocas para o café e ficaram deliciosas. Pensamos em onde ir e tivemos a idéia de ir à Ponta de Areia. A praia é bem bonita e estava com uma água deliciosa. Lá comemos um ótimo queijo coalho, batatas fritas e ainda consegui testar o barquinho que a Mô me deu, chamado “Carol”! Mais tarde, às cinco horas, o táxi veio e nos levou ao barco, onde fiz o diário e comi dois pastéis, mas o que mais me deixou feliz, foi o desempenho do meu barquinho.

 

31/07/2006 – Travessia Itaparica-Salvador – CENAB – Igreja 3a Ordem de São Francisco – Museu Jorge Amado

Hoje acordei cedo e um pouco triste. Infelizmente a Lu vai embora hoje. Soltamos as amarras e fomos numa velejada gostosa para Salvador. Ao chegar, a Lu foi embora (snif) e fomos ver a Igreja 3a Ordem de São Francisco. A igreja era muito bonitinha, apesar de ter estátuas com crânios de verdade ao lado. Depois fomos ao Museu Jorge Amado e quem nos encontramos lá? É isso mesmo! Tivemos a sorte de encontrar a Paloma (filha do Jorge Amado) e a Zélia Gattai (esposa dele)! Conversamos um pouco com elas e batemos fotos. Voltamos ao barco onde jantei e dormi.

 

01/08/2006 – Capitania dos Portos – Pelourinho - CENAB

Acordamos às oito e meia da manhã e tomamos um delicioso café. Quando eram dez para as dez, saímos para uma visita que tínhamos marcado com o Capitão-dos-Portos. Fomos rapidamente à Capitania. O Capitão-dos-Portos Miranda é simpaticíssimo e nos deu lindos presentes! Depois de uma ótima conversa com o Capitão, conhecemos o oficial Flávio, que nos mostrou a Capitania. Gostamos bastante da visita e fomos com a Mô ver o Palácio do Rio Branco. Ele é lindo e é cheio de enfeites. Fomos ao Museu Jorge Amado, onde vimos um DVD super bom sobre ele e ganhei de dia das crianças o livro “Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, escrito pelo Jorge Amado. Passeamos um pouco até que voltamos ao barco onde jantei e li metade do meu livro.

 

02/08/2006 – Travessia Salvador-Gamboa - Gamboa

Quando acordamos eram umas 8:15 ou 8:30 e estávamos com sono. A Mô foi buscar pães e queijo enquanto eu, o pai e o Jonas fomos arrumar as coisas para a travessia. Tiramos a capa da retranca, baixamos o dog-house, tiramos a roupa do varal, tudo para o Fandango ficar pronto para a pequena travessia. Logo a Mô chegou com apetitosos pães e um queijo bem macio. Soltamos as amarras e fomos pela imensidão do mar. A travessia foi tranqüila e durou umas sete horas. Vimos vários pescadores de canoa e de barcos de pesca com as suas redes. Quando estávamos chegando em Morro de São Paulo vimos uma baleia que, timidamente, não quis se aproximar muito. Já, depois de pouco tempo, vimos um casal de baleias, que chegaram a uns vinte metros do barco! Parece até que nós estamos vendo tantas baleias porque elas acham que o meu irmão é o Jonas da Bíblia! Chegamos em Gamboa às quatro da tarde e vimos o lindo pôr-do-sol. Jantamos e, depois de quase ter acabado o livro “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, dormi.

 

03/08/2006 – Gamboa – Cairu - Canavieirinhas

Hoje acordamos mais cedo do que nos últimos dias. Preparamos o barco novamente e fomos para Cairu. No meio do caminho, a Mô fez uns maravilhosos sanduíches e comi dois sandubas e meio, aproveitando a bela paisagem. Ainda consegui tirar várias fotos de lá. Chegamos em Cairu e esperamos o nosso guia, o Genival, para ir para Canavieirinhas. Ele foi muito simpático conosco e levou nosso barco com segurança. Ao chegar, vimos um casal de andorinhas que quis pousar no nosso barco. Descemos em terra e conhecemos a Dna. Carminha (esposa do Genival), a Tânia (filha) e a Vânia (filha). Fomos com a Tânia para uma fonte onde o povo lavava roupa e, quando fomos para a “casa-restaurante” deles, vimos a moqueca que nos esperava: era uma moqueca de siri catado, camarão defumado e ovo de quintal. Ela era maravilhosa e ainda veio junto camarão ao bafo, água de coco e outras comidas ótimas! Depois daquele “almoço colossal”, ajudei o Genival a fazer uma cerca com rede em volta de uma bananeira e plantei umas frutas lá. Voltei ao barco onde tomei banho, fiz o diário e vimos as nuvens refletidas nas águas.

 

04/08/2006 – Canavieiras – Praia da Cueira – Praia de Velha Boipeba

Eram seis horas quando acordamos. Acordamos cedo para poder ir às sete e meia para a praia da Cueira e para a praia de Velha Boipeba. Neste meio tempo, tomamos café e arrumamos as coisas. Às sete e meia, o barquinho que ia nos levar chegou. Quando estávamos indo para a praia da Cueira, entramos num lindo rio com vários mangues. Finalmente desembocamos em mar aberto e avistamos a praia da Cueira. Chegando lá vimos vários espias-maré e encontramos conchas lindíssimas. Lá passeamos com um amigável cão e fomos à praia de Velha Boipeba. A praia é extremamente bela e estava com uma água maravilhosa. Lá conhecemos uma cadelinha super manhosa e voltamos à Canavieiras, onde comi uma deliciosa moqueca de camarão. Conheci depois uma menina e, com ela, plantei umas plantas. Voltamos ao barco, onde estudei e jogamos Zigity.

 

05/08/2006 – Canavieirinhas

Hoje acordei mais tarde por ter acordado cedo ontem. Tomei café, estudei e fiz o diário para adiantar tudo. Logo saímos do barco e, ao descer em terra, fui distribuir doces para as crianças de lá. Elas gostaram tanto dos doces, que tentaram arrancar a sacola de doces da minha mão! Depois de dar todos os doces, pulei corda com a Sheila (menina de ontem) e comi ostras com o pai, a Mô, o Jonas e a Tânia. Lá brincamos de apostar corrida na água. No pôr-do-sol fomos ao barco onde almo-jantamos, vimos um DVD sobre a Zélia Gattai e lemos “Velhos Marinheiros”.

 

06/08/2006 – Canavieirinhas – Cairu - Galeão

Acordamos por volta das oito horas da manhã. Naquele horário, o pai voltou de uma colheita de armadilhas de siris, chamada manzuás, com o Genival. Fiquei logo triste, porque lembrei que a Mô ia embora. Fomos à Cairu, onde demos um pequeno passeio. No passeio, conhecemos o Convento São Francisco, que é imenso e bonito. Pegamos depois uma lanchinha rápida para deixar a Mô em Graciosa e, ao voltar, vimos o barco encalhado! Por sorte o barco estava encalhado por 10 cm e foi fácil tirá-lo e ancorá-lo novamente. Comemos uma deliciosa moqueca de arraia em um restaurante e fomos à Galeão. Lá fomos ao alto de um morro, onde tem uma maravilhosa vista. Voltei ao barco onde acabei o meu livro de história e lemos novamente “Velhos Marinheiros” e dormi.

 

07/08/2006 – Galeão – Curral - Gamboa

Ao acordar, soltamos as amarras e fomos ao Curral. No meio do caminho tomamos o café e logo chegamos. Fomos com o canal meio mexido, mas tudo bem. Descemos na praia e achei-a muito bonita, apesar de ter muita sujeira. Lá tinha garrafas pet, pedaços de bonecas, tênis, chinelo, shorts, camiseta e até um casco com uma gosminha mini de uma pobre tartaruga que morreu (estava com um cheiro insuportável). Nadei um pouco e logo voltamos ao barco onde fiz o diário e comi macarrão alho-e-óleo. Fomos direto para Gamboa e arrumamos o barco. Descemos em terra e, depois de passear um pouco, jantamos um delicioso crepe na “Tupi Creperia”. Voltamos ao barco e, depois de estudar, dormi.

 

08/08/2006 – Gamboa – Morro de São Paulo

Logo que acordei, tomei um delicioso café da manhã. Estava chovendo e, só depois de um tempo, a chuva parou e pudemos ir à Morro de São Paulo. Lá é ma-ra-vi-lho-so e aproveitamos para ver o forte de lá. O forte foi feito em 1630, ou seja, foi feito uns 130 anos depois do descobrimento do Brasil. Fomos também numa prainha do lado do forte, que fica coberta de água na maré cheia. Passeamos na primeira, na segunda, na terceira e na quarta praia, que são simplesmente maravilhosas e belíssimas, com suas águas cristalinas e seus coqueirais ao vento, sem contar com a limpeza das praias. Infelizmente a chuva recomeçou e fomos ao “PF da Pretinha”, onde comemos uma saborosa moqueca. Também fomos ao Café das Artes, onde tomei um chá e comi um delicioso bolo. Ao voltar para o barco, fiz o diário e estudei.

 

09/08/2006 – Gamboa – Morro de São Paulo

Hoje acordei feliz e tomei café. Estava toda hora chovendo e parando a chuva até que a chuva parou de vez e fomos andando para a segunda praia em Morro de São Paulo. A caminhada foi de uns cinco quilômetros e, no meio do caminho, vimos várias falésias. Chegamos cansados da caminhada até a praia e o pai ficou deitado na minha canga enquanto eu e o Jonas fazíamos castelos de areia. Eu fiz uma ilha de mais de 30 centímetros de altura! Depois fomos numa linda ponta que tem lá, que é cheia de sirizinhos. Tomamos um banho de mar e almoçamos no “PF da Pretinha”. Voltamos à Gamboa, onde tomamos um açaí e fomos ao barco onde estudei. Também, antes de voltar à Gamboa, fomos ao farol de Morro de São Paulo, que tem uma maravilhosa vista, fechando o dia com chave de ouro.